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Show no Teatro Castro Alves homenageia Tom Jobim
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Reverenciar o maestro Tom Jobim (1927-1994) é uma tarefa inesgotável. Por isso, os músicos João Bosco, Joyce Moreno, Toquinho e Jacques Morelenbaum decidiram se reunir para fazer releituras das obras de um dos maiores compositores do Brasil.
Os quatro nomes apresentam nesta quinta-feira, 24, às 21h, na sala principal do Teatro Castro Alves (TCA), o show Homenagem a Tom Jobim, com ingressos esgotados. Segundo João Bosco, a ideia é que todos toquem um número específico de canções do carioca formando um painel da sua produção.
“Ele sempre foi alguém que procurávamos para ouvir conselhos ou observações. É um compositor iluminado na história do cancioneiro brasileiro. Temos que recorrer à sua obra sempre que precisarmos encontrar um tipo de solução musical”, opina João.
Os músicos Toquinho e Jacques Morelenbaum, também parceiros nessa empreitada de homenagem, possuem o mesmo ponto de vista admirador sobre o trabalho musical de Antônio Carlos Jobim.
“Ele foi um grande mestre. A música dele é altamente inspiradora e o seu conceito musical deixou um legado profundo. Sua genialidade não se restringia à música. Ele possuía uma cultura fantástica e muito humor”, afirma Jacques.
Toquinho adianta que fazem parte do seu repertório sucessos do maestro já que, há tempos, vem apresentando canções dele nos seus shows. “A primeira música que tirei no violão foi Esse Seu Olhar. Gosto de reviver momentos como esses, que fazem parte de minha formação musical. Outras canções se somam a essa, como Eu Sei Que Vou Te Amar, Eu Não Existo Sem Você, Vivo Sonhando. Além de músicas que fiz com Vinicius, e que têm a ver com Tom Jobim, como Carta ao Tom-74”.
De alguma maneira, os envolvidos no projeto possuem influências do trabalho de Tom Jobim nas suas carreiras. Para Toquinho, a sua geração, herdeira da Bossa Nova, aprendeu muito com ele. “E eu, mais privilegiado ainda, cheguei a trabalhar com ele no memorável show do Canecão do Rio de Janeiro, em 1977, na companhia também de Vinicius de Moraes e Miúcha”, completa.
Bosco acredita que, a partir de grandes artistas brasileiros, é muito importante consolidar conquistas criativas e criar novas situações dentro do cenário musical contemporâneo. “Você não escapa de alguns compositores da nossa história. Tom Jobim é um desses. Não dá para construir sua obra à margem do Tom”, finaliza.